Ativistas ambientais tingem de preto água da Fontana di Trevi durante protesto em Roma

Ativistas da organização ambiental Last Generation (Última Geração, em inglês) deixaram preta a água da famosa Fontana di Trevi, em Roma, na Itália, neste domingo (21). O objetivo do protesto era alertar as autoridades e a população sobre as recentes inundações que mataram 14 pessoas no nordeste do país. Para os manifestantes, elas são “um aviso” das mudanças climáticas e do descuido com a natureza.

Os ativistas entraram na fonte e despejaram na água um líquido à base de carvão, antes de serem expulsos pela polícia.

O ato de protesto coincidiu com uma viagem da primeira-ministra Giorgia Meloni à região da Emilia-Romagna, onde ela visitou as áreas afetadas pelas inundações provocadas por 36 horas de chuva equivalentes a seis meses de precipitação, segundo estimativas das autoridades.

Mais de 36 mil pessoas ficaram desalojadas, e os custos gerados ​​pelo desastre são estimados em centenas de milhões de euros.

Um dos participantes, Mattia, de 19 anos, que se recusou a dar seu sobrenome, disse que participou do protesto “porque a terrível tragédia vivida nestes dias em Emilia-Romagna é um aviso do futuro sombrio que aguarda a humanidade”.

A Last Generation começou a organizar protestos pacíficos mas de alto nível na Itália no ano passado, antes das eleições gerais, para instar os políticos de todos os lados a fazer da luta contra as mudanças climáticas sua prioridade.

O movimento também realizou protestos em outras partes da Europa para chamar atenção para o aquecimento global, jogando sopa, torta, purê de batata e tinta lavável em monumentos e obras de arte.