Venezuelanos continuam em abrigo e esperam definição de novo local para morar

Os Venezuelanos da etnia indígena Warao continuam em abrigo em Vitória e aguardam definição para onde serão encaminhados. O grupo chegou na madrugada da última terça-feira (15), quando foram deixados por um ônibus vindo da cidade de Teixeira de Feitas, no estado da Bahia.

Eles também estão sendo acompanhados pela Cátedra Sérgio Vieira de Mello, e passaram pela análise documental e confirmação da etnia. A Cátedra é um projeto do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) em parceria com universidades, sendo a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) quem coordena no território capixaba.

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Brunella Vicenzi, coordenara do programa e presidente da comissão de direitos humanos da Ufes, destacou que apesar da ajuda, eles não receberam informações sobre os próximos passos da prefeitura de Vitória com relação ao grupo.

Prefeitura de Teixeira de Freitas rebate acusação 

Segundo os integrantes dos Waraos, a cidade baiana não deu apoio quando chegaram na cidade, e os enviaram para o Espírito Santo pela Secretaria de Assistência Social da prefeitura. Já a administração central do município negou por meio de nota o descaso alegado, e afirmou ter sido uma decisão dos venezuelanos virem ao Estado.

“Eles chegaram na sexta-feira (12), e a Secretaria imediatamente providenciou um abrigo provisório na Escola Municipal Tarsila do Amaral. Foram oferecidas alimentação, doações e atendimento médico”, disseram no comunicado.

A administração Central de Teixeira de Freitas ainda informou não ter verbas e políticas públicas no local pela ausência de comunidades indígenas em território teixeirense. “Foi feito contato com a Funai, órgão federal responsável pelos indígenas, porém não houve sucesso em conseguir apoio. Apesar disso, todo acolhimento foi feito dentro das possibilidades do município”, contaram.