Terminal de Itaparica sofre com alagamentos após reinauguração

Reinaugurado há menos de duas semanas, o Terminal de Itaparica, em Vila Velha, não resistiu às chuvas registradas entre o domingo (07) e a madrugada desta segunda-feira (08). Diversos pontos de alagamento e goteiras foram vistos no local, provocados por duas colunas que, até o momento, ainda esperam por manutenção.

Essa é a primeira frente fria com chuva que passa pelo Estado após a abertura do terminal, que estava em obras há dois anos.

Usuários do sistema Transcol manifestaram-se nas redes sociais sobre o caso, reclamando da falta de acabamento das obras e das promessas que foram feitas antes da reinauguração. “Não falaram que as lonas do novo Terminal de Itaparica eram as mais modernas, de tecnologia europeia e desenvolvida por arquitetos famosos?! Isso não basta! Como disse, era só esperar a chuva. Ela veio e o resultado ta aí: vazamento e mais dinheiro jogado fora”, escreveu um usuário no Twitter. 

Por nota, o o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Espírito Santo (DER-ES) afirmou que uma empresa já foi acionada para resolver o problema.

“O DER informa que não há vazamento na membrana da cobertura do Terminal, entretanto, foi constatado um problema na captação da água dos cones que captam a água da chuva, o que causou o vazamento”, diz o comunicado.

Investigação 

Após o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-ES) tomar conhecimento do caso, houve uma vistoria no local. Nela, segundo o engenheiro civil Giuliano Battisti, serão apuradas as causas do alagamento e a determinação das devidas punições.

Segundo ele, o problema está na construção das colunas que sustentam o terminal. “Nós observamos que esses cones invertidos são responsáveis por captar a água da chuva, só que eles estão com problema de vedação. Com esse gotejamento, tanto o piso quanto os pilares acabam ficando molhados”, afirma.

Na vistoria, também foi observado que o gotejo tem ligação direta com a parte elétrica e, por isso, pode provocar acidentes. “Elas [as colunas] têm contato direto com a parte elétrica do Terminal. Pode gerar um risco de choque elétrico à população, além do escorregamento no local. Algumas faixas foram colocadas ao redor, para isolar, mas não impede ninguém de encostar”, critica.

Por Maria Fernanda Conti