Saiba o que é a erisipela, infecção que afeta o presidente Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro está com um quadro de erisipela, segundo o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. A infecção acometeu a perna do mandatário, que apareceu recentemente em poucas ocasiões.

A doença se caracteriza por uma mancha vermelha, brilhante, saliente e dolorosa, de acordo com o Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento. Ela afeta a camada mais externa da pele e os gânglios linfáticos próximos.

“As extremidades apresentam bordas distintas e não se misturam com a pele normal ao redor. A mancha é quente e firme quando tocada. Ocorre com mais frequência nas pernas e no rosto. Em algumas formas de erisipela, formam-se bolhas na pele. As pessoas geralmente apresentam febre alta, calafrios e uma sensação geral de indisposição (mal-estar)”, descreve o guia médico.

O médico Murilo Drummond, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explica como a bactéria age.

— A bactéria mais comum é a estreptococos, mas pode ser também a estafilococos. Essa bactéria existe no ambiente e não faz mal, mas quando há uma porta de entrada como um pelo encravado, uma micose ou frieira, a bactéria penetra a pele.

Sintomas 

Ao penetrar na pele, esse corpo causa dor, vermelhidão e inchaço. Também pode acontecer uma febre no local e os sintomas podem evoluir para bolhas.

— A erisipela pode ser confundida com alergia, urticária, irritação por picada de inseto e pelo encravado. De uma hora para outra, começa o inchaço e a vermelhidão e a pessoa deve ir imediatamente ao hospital, afirma o médico.

Caso não haja tratamento imediato do problema, a erisipela pode causar complicações.

— O paciente mal consegue pisar no chão por causa da dor. Tem que ficar em repouso e pode precisar tomar antibiótico pela veia e ficar internado. Em casos muito graves, a infecção pode se espalhar e virar generalizada, uma condição que pode levar à morte, pontua Murilo Drummond.

Tratamento

Ao notar os primeiros sintomas, vá ao hospital. O tratamento pode ser feito com penicilina, mas também há casos em que é necessário o uso de antibióticos diferentes, como trimetoprima/sulfametoxazol, clindamicina ou doxiciclina. Em casos mais graves, existe a opção de vancomicina ou linezolida por via endovenosa.