Rota do queijo artesanal: novo destino gastronômico no ES traz roteiro com muitos sabores

Os apreciadores de queijo tem um novo destino no Espírito Santo para poder apreciar os mais diferentes produtos feitos do leite. A Rota do Queijo tem diversos estabelecimentos perto um do outro com produções diferentes feitas a partir de um dos alimentos mais famosos do mundo. O novo espaço gastronômico fica entre o distrito de Cavalinho e o trevo de João Neiva e Colatina, às margens da BR-259.

O primeiro ponto de parada é a Queijaria do Trevo, que produz 150 quilos da massa por dia local nos mais de 40 anos de história. Segundo Jocimar Nunes, comandante da queijaria, as pessoas irão encontrar mais de dez tipos de queijo, sendo o cabacinha o carro chefe do empreendimento. Além disso, no espaço também são produzidos os queijos montanhês, palmitinho e os saborizados.

Quem for até o local também encontra os tira gostos: torresmo e salame, feitas também pela casa, e são apresentados, segundo Nunes, em um prato com o provolone para “dar um sabor a mais.”

“Recebemos na Queijaria do Trevo grupos que vêm de ônibus, bicicleta e moto, e isso é gratificante, pois trabalhamos com o objetivo de melhorar a cada dia”, disse o empreendedor.

Seguindo o caminho, o próximo ponto de parada é a Vila Veneto Queijaria e Bistrô, que apresenta uma grande variedade de queijos finos. O espaço proporciona ao visitante ter uma experiência gastronômica e de contato com a natureza. De acordo com o produtor Roberto Cozini, a Vila Veneto produz queijos tradicionais, como o minas curado e o requeijão, mas também é possível encontrar os mais sofisticados como: veneto gourmet, morbier, veneto Gourmet premium, asiago e o parmesão reserva.

Cuzini explicou como cada uma das opções de queijos disponíveis em sua empresa podem ser consumidas da melhor forma. “O morbier é o ideal para degustar com vinho, por ser mais cremoso e suave. Já o parmesão reserva leva mais de 15 meses de maturação, no entanto, o veneto gourmet é indicado para a gastronomia, principalmente para finalizar risotos”, indicou.

Ainda para o produtor, a Rota de Queijo de João Neiva é uma alternativa que permite gerar renda, por meio do recebimento das pessoas e que conta com o atrativo do agroturismo.

Negócios que passam por gerações

Com quase 28 anos de história, Bergantini é outra queijaria que compõe a rota. O empreendimento é de origem familiar, e além do produto a base de leite, oferta  aos visitantes café, e degustação de queijos produzido no local.

Carlos Bergantini contou que no início, a produção era de 12 quilos por semana, porém agora passa de 200 quilos. “O mais procurado é o tipo montanhês, de massa cozida e com muito sabor, mas os saborizados e o palmitinho também fazem muito sucesso. Ficamos feliz com a rota, pois aumentou as vendas com o número de turistas”, disse.

Outro negócio da familiar é a Queijaria Del Caro, último ponto de parada da Rota do Queijo, localizada em Cavalinhos. Inaugurado em 1920, era uma loja de secos e molhados dentro de um casarão, sendo reformada depois de alguns anos, sem perder as características, e se tornou a loja da fábrica.

A produtora Elda Del Caro afirmou que o queijo mais procurado do estabelecimento é o cabacinha com goiabada. Porém no Del Caro se encontram o palmitinho, montanhês, parmesão, queijos banhados no vinho e defumados em geral, como a linguiça artesanal, além do pernil defumado e o bacon.

Entre as diversas opções estão artigos de outros produtores locais, como é o caso da goiabada, rapadura, cachaça, capeletti, massas em geral, biscoitos caseiros, mel, entre outros.

“O Nosso negócio está na quarta geração. Tudo começou com o meu bisavô Esperândio Del Caro, até chegar no meu pai Eldimir José Del Caro, que iniciou a produção dos queijos. Depois eu cheguei. Com o meu sócio Rogério Gardiman, aperfeiçoamos todo processo. A rota do queijo é fundamental para nós produtores, pois contribui para o nosso crescimento”, frisou Elda Del Caro.

Experiência de pai para filha

A Queijos Giacomim, em Santa Luzia, integra a rota e começou há 22 anos com o empreendedor Hildo Giacomin. Os primeiros tipos produzidos foram o mussarela e provolone, mas com a evolução do negócio eles passaram a vender o queijo tipo cabacinha. Há dois anos, Hildo Giacomin passou o empreendimento para a filha Gabriela Giacomin, que está tocando o negócio.

“A agroindústria está expandindo cada vez mais, aumentamos os tipos de queijos no nosso cardápio. Com isso, aumentamos o número de clientes. A rota do queijo tem nos proporcionado mais visibilidade. Recebemos muitos turistas e isso é gratificante para a gente que está crescendo. Por conta disso, em novembro, vamos abrir uma nova loja para atender nossos visitantes”, comemorou a empreendedora.

 1º Festival da Rota dos Queijos

Entre 21 e 24 de julho vai acontecer o primeiro que acontece entre 1º Festival da Rota dos Queijos no Centro Comunitário da cidade de João Neiva. O evento conta com o apoio da Agencia de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo do Estado (Aderes), com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

Alberto Farias Gavini Filho, diretor-presidente da Aldere, a finalidade é dar oportunidade e espaço para que os empreendedores possam divulgar e vender os produtos: “vai contribuir para retomada da economia dos pequenos negócios.”