Rogério Caboclo é denunciado novamente por assédio sexual

A defesa de Rogério Caboclo negou as acusações. Em nota, a defesa do presidente afastado afirma que o Conselho de Ética age “como um verdadeiro tribunal de exceção” e que as decisões têm sido tomadas com parcialidade e de forma ilegal.

Em uma das situações apresentadas nesta nova denúncia, a ex-funcionária descreve que, durante a Copa América em 2019, ela foi obrigada a reservar quartos de hotel, em São Paulo, para acomodar acompanhantes do então presidente da entidade. Como as visitantes não tinham autorização para adentrar o hotel, ficava a cargo da funcionária buscá-las na recepção.

Na denúncia, ela relata ainda que, na mesma noite, Caboclo havia deixado um recado na secretária eletrônica do quarto da funcionária. Apesar de a mensagem ser incompreensível, segundo consta no depoimento, era possível perceber que o dirigente estava em momentos íntimos com a acompanhante.

A ex-funcionária da CBF revelou também que, durante uma viagem para a Suíça ao lado de Caboclo, o dirigente a chamava para o quarto de hotel e buscava construir uma relação de intimidade com ela. Relata ainda que, nesses encontros, Caboclo desabafava sobre a vida ou brincava na tentativa de ficar mais próximo dela, como quando pediu as pulseiras da funcionária, pois queria usá-las.

A defesa afirma em nota que os relatos descritos pela ex-funcionária da CBF não configuram assédio. Bem como nas demais denúncias, novamente Rogério Caboclo está sendo acusado de trabalhar alcoolizado. Nesse novo depoimento, a ex-funcionária afirma que ele a fazia esconder garrafas de bebida no banheiro da sala da presidência, na sede da CBF.

Além disso, as acusações vêm à tona depois de uma suposta tentativa de manter o silêncio da ex-funcionária. Ela afirma que trabalhou na CBF até dezembro de 2019, quando Caboclo lhe negou uma oportunidade de trabalhar em outro departamento da entidade. No primeiro semestre deste ano, ela recebeu uma oferta para voltar a atuar na confederação para receber o dobro do salário. A ex-funcionária entendeu que essa oferta era uma tentativa de silenciá-la e não aceitou o emprego.