Polícia do ES investiga responsáveis por compartilhar mensagens sobre ataques em escolas

Após a disseminação de inúmeras mensagens sobre ameaças de ataques em escolas do Espírito Santo, e em outras cidades do Brasil, a cúpula da Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (SESP-ES) convocou uma entrevista coletiva nesta segunda-feira (10), em Vitória, para falar sobre as medidas adotadas para combater esse tipo de crime e para dar mais detalhes sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Comitê de Segurança Escolar.

Segundo o Secretário de Segurança, coronel Alexandre Ramalho, as pessoas responsáveis por espalhar essas falsas ameaças estão sendo investigadas e a polícia está trabalhando para identificar e prender esses indivíduos. “Existem muitas pessoas interessadas em divulgar isso para causar pânico. É em cima dessas pessoas que estamos atuando com as investigações das nossas polícias e da nossa inteligência, para identificar o IP e o computador de onde partiram essas informações”, afirmou Ramalho.

O secretário ainda explicou que mensagens semelhantes estão circulando em todo o país, causando alarde em pais, alunos e professores. Uma das mensagens que foi amplamente compartilhada inclui boatos de ataques sobre uma escola que já foi até demolida. Por conta disso, Ramalho faz alerta para que as pessoas não repassem informações sem saber a procedência e que a qualquer sinal concreto de denúncias, acionem a polícia.

Ainda de acordo com o coronel Ramalho, um canal exclusivo está sendo criado no 181 para receber esse tipo de denúncia. Além do apoio de tecnologia e de grupos temáticos que estão dedicados ao trabalho de investigação, no dia 27 deste mês será lançado o “Plano Estadual de Enfrentamento à Violência Escolar”, que trará detalhes das ações para reforçar a segurança na comunidade escolar.

O Secretário de Educação, Vitor de Angelo, que também participou da entrevista coletiva, disse que nesta segunda-feira (10), em função dos boatos, a frequência dos alunos foi baixa em várias escolas. Ele informou ainda que a patrulha escolar, que já existe no estado, será reforçada nas escolas públicas estaduais e que outras ações serão destacadas no Plano Estadual. Vitor de Angelo também ressaltou que é preciso confiar nas instituições de ensino e no trabalho de inteligência feito pela polícia.

Boato causou correria na Ufes nesta segunda-feira

Foto: Reprodução / Twitter

Um clima de medo e insegurança tomou conta de parte do campus da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), localizado em Goiabeiras, em Vitória. Um caso envolvendo uma estudante do campus acabou fomentando boatos, que se espalharam na universidade e muitos estudantes acabaram deixando as salas e indo para locais abertos da instituição.

Em nota oficial, a Ufes informou que os seguranças que atuam na Universidade e a Polícia Militar, imediatamente compareceram ao local. “Todas as imagens captadas pelo sistema de videomonitoramento foram encaminhadas à Polícia Civil, que é órgão responsável pela investigação”, diz a nota.

“A Administração Central da Ufes expressa sua preocupação com o ocorrido e reforça que está atenta para manter a segurança da comunidade acadêmica por meio do monitoramento dos espaços e da integração da segurança da Universidade com a Polícia Militar. Também manifesta solidariedade aos estudantes, professores diretamente afetados e familiares, e reafirma seu compromisso de mobilizar todos os esforços para que situações como esta não se repitam na Ufes ou em qualquer instituição educacional. As atividades no campus de Goiabeiras estão mantidas”, finalizou o comunicado da universidade.

De acordo com a Sesp, o caso está sendo investigado, mas a princípio seria um crime passional.

>> Leia mais: Suspeita de ameaça a uma aluna gera boato na Ufes e estudantes acabam deixando salas, em Vitória