Polícia conclui que namorada cortou a barriga de jovem em Guarapari

A investigação da Policia Civil (PC), por meio da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), concluiu que a namorado do jovem esfaqueada na barriga, em Guarapari, foi a autora do corte.

O titular da DHPP Guarapari, delegado Franco Malini e o delegado-geral da Polícia Civil do Espírito Santo, José Darcy Arruda, divulgaram mais informações sobre o ocorrido nesta quarta-feira (27).

Malini informou ter sido uma investigação difícil, por se tratar de um “um lugar ermo, de madrugada, sem testemunha, câmeras e outras informações a não ser as ditas pelo casal.”

Apesar de ausência de muitas provas, a equipe focou nas evidências comprovadas por exame de lesão corporal feito na acusada. Segundo o delegado, os cortes nas mãos foram usadas para indiciar a jovem, que também tinha arranhões nas pernas e machucados no rosto. Outra situação apontada pelos policiais como marca de responsabilidade da jovem, é o fato de somente os dois estarem na praia.

“Essa investigação não podia se tratar em prova testemunhal, pelo autor e a vitima estavam lá e de acordo com a legislação eles não são obrigados a colaborar com a investigação e eles relataram não se lembrar do q ocorreu, disseram que ingeriram um vinho, uma droga e perderam a consciência e quando retornaram ele estava com a barriga cortada”, contou.

LIGAÇÃO 2 DA MANHÃ

A jovem havia combinado com a mãe de retornar para casa as 1h da madrugada, mas como não voltou a família começou a procurar. Na coletiva, a PC disse que ela apenas atendeu as ligações por volta de 2h20, e durante os cinquenta minutos de conversa, a responsável ouviu o garoto dizer ‘praia do ermitão’ algumas vezes, e assim soube a localização.

Arruda contou que o SAMU foi a primeira equipe de socorro a chegar ao espaço, e logo após a Polícia Militar foi acionada. Lá então os órgãos foram recolhidos e levados para a delegacia.

FALTOU PERICIA

Arruda explicou que devido a notícia ter se espalhado, curiosos foram ao local e então as comprovações do ato foram desfeitas. “Não encontramos vestígios, manchas e instrumentos usados na prática. O que temos é o prontuário do rapaz, onde fala ser um corte não cirúrgico e grosseiro”, afirmou.

O caso aconteceu na praia do Ermitão, em 16 de janeiro deste ano, mas apenas veio a tona duas semanas depois. Em relato a PC, o casal informou ter ido ao local para fazer uma despedida da vítima, que se mudaria para os Estados Unidos.