Operação Piànjú: capixabas faziam remessas para os Estados Unidos e China

Foto: Álvaro Guaresqui/Record News ES/RedeSIM

Durante 2 anos de investigação, a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos analisou o forte esquema de lavagem de dinheiro de uma organização criminosa, que atuava no Espírito Santo, composta por dois grandes empresários capixabas, além de diversos outros membros dentro e fora do Brasil.

A Operação Piànjú, que contou com o apoio do Ministério Público do Estado do Espírito Santo e Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos, comprovou que os capixabas atuavam na parte final do esquema. Os empresários agiam como “prestadores de serviços” para lavar capitais de outras organizações criminosas.

A organização sediada no Estado chegou a movimentar mais de R$ 800 milhões ao longo de 1 ano e 06 meses. Entre as ordens de busca e apreensão encontram-se 12 imóveis, 3 veículos de luxo (Porsche Panamera, Maserati Granturismo S e Mercedes Benz GLA200FF), 12 motos aquáticas e 11 embarcações.

Foram expedidos 126 mandados judiciais, sendo, 18 mandados de prisão preventiva, 5 mandados de prisão temporária, 30 mandados de busca e apreensão, 23 sequestros de embarcações, 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias e 2 ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas.

De acordo com o delegado João Paulo Pinto, todo o dinheiro apreendido será depositado em contas judiciais, permanecendo até o final do processo. Caso haja culpa dos suspeitos, o valor será encaminhado para outras finalidades.

As investigações

Devido ao registro de um roubo de caminhão, a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos desconfiou das informações apresentadas no documento do veículo.

No boletim de ocorrência, o ano do veículo apresentava divergências, bem como outros detalhes da empresa responsável pelo caminhão. A partir desses dados, foi identificado que a empresa era do ramo marítimo de transporte internacional, não condizendo com o comercio de caminhões.

Segundo a polícia, outros 14 caminhões foram identificados com o mesmo esquema de documentação. Quando as investigações chegaram até as empresas, foi constatado que elas não existiam.

Como funcionava

O esquema de lavagem de dinheiro era baseado na “falsa” prestação de serviços com as empresas de fachada.

Eram forjados contratos com uma documentação falsa, tudo seguindo na legalidade. Entretanto, a documentação “falsa” teria sido emitida por uma servidora pública do município de Afonso Claudio, que concedia uma veracidade as informações.

Após receber os valores na conta final, eram feitas várias a remessas para os Estados Unidos e China.

Direto da redação

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