Números de dengue, zika e chikungunya ficam estáveis mas ainda geram preocupação

Segundo os últimos boletins epidemiológicos do Espírito Santo e de Vitória, os números de novos casos de dengue, zika e chikungunya têm se mantido estáveis, deixando de subir nas últimas semanas. Contudo, a preocupação agora é com os casos de chikungunya, doença com sintomas semelhantes à dengue, mas que, em sua forma crônica, pode deixar a pessoa incapaz de realizar simples tarefas de rotina, devido à dor intensa que provoca.

“Na primeira semana, os sintomas são parecidos, com febre e dor de cabeça ou no corpo. Mas a intensidade e durabilidade desses sintomas muda com o tempo, de acordo com o tipo de vírus, além da presença de outros sinais”, afirma a enfermeira da Vigilância Epidemiológica de Vitória, Aline Areias Cabidele.

O acompanhamento junto ao profissional de saúde é importante pois, tanto a dengue, quanto a chikungunya podem gerar complicações para a saúde do paciente.

Nos casos de dengue, os sintomas de alerta são dores abdominais fortes, vômitos persistentes e formas de sangramento, indicando que a doença evoluiu para sua forma grave. Para tratar os moradores acometidos pela dengue, o município de Vitória possui dois Prontos Atendimentos (PAs) e 29 unidades de saúde, onde a população pode buscar atendimento e também receber hidratação oral ou venosa, de acordo com a orientação do médico.

Já quem sente dor intensa nas articulações de forma persistente, por muitos dias, precisa ficar atento, pois pode ter desenvolvido a chikungunya crônica.

Douglas Schneider

Vitória para combater possíveis criadouros de Aedes Aegypti

“O tratamento é medicamentoso e depende da fase da doença, com seus sintomas. Uma pessoa com chikungunya, na sua forma crônica, pode precisar também de acompanhamento com fisioterapeuta e médico reumatologista. Temos pacientes que estão com os sintomas da chikungunya há mais de cinco anos”, explica Aline.

Prevenção

A eliminação dos focos do Aedes aegypti é a maneira mais eficaz de prevenir o problema. Assim, a população pode utilizar um checklist para auxiliar na manutenção da limpeza dos locais que possam ser utilizados como criadouros para o mosquito.

Além do trabalho de rotina no combate ao mosquito, com visitas domiciliares e monitoramento de charcos, bueiros e áreas alagadas, os agentes de combate às endemias, também estão participando de mutirões em parceria com a Central de Serviços. Desde 25 de fevereiro, 3.821 imóveis foram visitados e 2.503 depósitos tratados nos bairros Grande Vitória, Estrelinha, Inhanguetá, Universitário, Consolação, Gurigica, Itararé, São Benedito, Bairro da Penha, Maria Ortiz, Goiabeiras e Resistência. O próximo mutirão está programado para o dia 20 deste mês, sábado, em Santo Antônio.