Gripe aviária no ES: “Ovos e carne de frango podem ser consumidos tranquilamente”, diz secretário

Após a detecção dos primeiros casos do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade – H5N1 – em três aves silvestres no litoral do Espírito Santo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), deu orientações à população e a pequenos produtores de como agir em casos suspeitos da doença. Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (16), o secretário de Agricultura, Enio Bergoli, também garantiu que não há risco de desabastecimento de ovos no estado.

“Nossos aviários já têm medidas de biosegurança e elas serão reforçadas, isso vale para os aviários comerciais do Espírito Santo e do Brasil. Nós não temos indicativo de que esse vírus chegue efetivamente aos aviários. Não há qualquer risco de desabastecimento, ovos e carnes de frango podem ser consumidos tranquilamente, sem nenhum tipo de problema neste período. Todo o trabalho do governo é no sentido de evitar que esse vírus chegue às nossas granjas e aos nossos aviários, que estão preparados para evitar a entrada dessa anomalia”, afirmou o secretário.

Bergoli também pediu apoio da população que monitore aves com tremores, coriza ou cambaleantes e que avisem os órgãos ambientais do estado. No site do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), existe um passo a passo de como as pessoas devem proceder em casos suspeitos. “É importante que a população não entre em contato com as aves doentes, apenas registre esse fato nas redes informadas”, orientou Bergoli.

O secretário também orientou que os pequenos produtores e pessoas que criam aves em casa não levem as aves para ter contato com outros animais nas ruas e que monitore os bichos. “Em qualquer sintoma de anomalia é preciso procurar a rede do governo, que está a disposição para fazer o recolhimento dos animais e fazer exames. Em 24h a 48h a gente faz o exame para que a gente evite a disseminação da doença”, pontuou.

Apesar de raras, infecções humanas pelo vírus da influenza aviária podem ocorrer por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas) ou ambientes contaminados (secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos).

“É muito raro a transmissão desse vírus de um animal para seres humanos. No mundo todo, em toda a história, são 800 casos, no brasil nenhum caso e na América Latina nenhum caso, mas mesmo assim a recomendação é de que as pessoas não entrem em contato com o animal. Simplesmente ligue, faça contato ou visite as unidades do Idaf, do Incaper ou das secretarias municipais de agricultura ou diretamente no site do Idaf, informando dessa anomalia da ave, que nós temos veterinários de plantão que vão fazer imediatamente o procedimento de forma técnica e isolar esse animal, para fazer os exames”, informou Bergoli.

Foto: Cláudio Dias Timm

RECOMENDAÇÕES À POPULAÇÃO

NÃO TOCAR OU RECOLHER AVES SUSPEITAS, DOENTES OU MORTAS

Os sintomas mais comuns são:

1. Tremor

2. Andar cambaleante

3. Dificuldades respiratórias

4. Aves caídas, debilitadas

NA DÚVIDA NOTIFIQUE!

Em caso de avistarem aves com sintomas favor notificar ao Idaf, por meio de acesso ao site idaf.es.gov.br.

RECOMENDAÇÃO AOS PRODUTORES:

1.Intensificar as medidas de biosseguridade

2. Proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção

3. Conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão

4. Manter o portão de acesso da propriedade fechado

5. Desinfecção de veículos em pleno funcionamento

6. Desinfecção de materiais que acessem a granja

7. Uso de roupas e calçados exclusivos no acesso a granja

8. Pedilúvio no acesso aos núcleos e aos galpões

9. Realização de vazio sanitário

10. Cuidados com a ração

11. Cuidados com a água (fonte de qualidade, tratamento, reservatórios íntegros e cobertos)

12. Controle de pragas

13. Treinamento de equipe

14. Restringir criação de aves pelos funcionários

15. Evitar visitas em locais com aves silvestres

16. Ausência de outras aves na propriedade

17. Se participou de evento relacionado ao setor, cumprir vazio sanitário de 72 horas

18. Se participou de outro tipo troca de roupas e cumprir os protocolos de biosseguridade

19. Entre outras ações, reforçando todas as medidas adotadas, conforme a Instrução Normativa do MAPA nº 56/2007.