Motoristas dos ônibus “verdinhos” fazem protesto em Vitória

Os rodoviários que trabalham para o sistema de transporte coletivo em Vitória, os famosos “verdinhos”, deram início a um protesto, nesta quinta-feira (28), cuja reivindicação é o pagamento de salários atrasados. Por volta das 6h, os motoristas pararam de circular por todo o município e estacionaram alguns ônibus em frente à prefeitura, no bairro Bento Ferreira, como símbolo da manifestação.

De acordo com o advogado do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), Elton Furtado, o protesto atinge as três empresas que operam o sistema municipal: Tabuazeiro, Grande Vitória e Unimar. “A paralisação se dá em razão da omissão da prefeitura quanto ao transporte público. São diversos pais de família desamparados, sem pagamento. Nossa esperança era de que o novo prefeito assumiria e buscaria uma solução para o problema, mas o que acontece é totalmente o contrário”, criticou.

Outra queixa dos profissionais é a demora para a integração ao sistema Transcol, que, segundo Elton, está ameaçada de acontecer. “A solução para o nosso problema é a integração ao sistema da região metropolitana. Porém, até o momento, não houve mudança na tarifa, e sem que a tarifa esteja no mesmo valor, o Estado não irá absorver os ‘verdinhos'”, conta.

Em nota, a Secretaria Municipal de Transportes, Trânsito e Infraestrutura Urbana de Vitória informou que, logo no início da manhã, recebeu representantes do Sindirodoviários para uma conversa. Na ocasião, os motoristas declararam que vêm enfrentando dificuldades nos últimos anos acerca do recebimento dos salários e adiantamentos.

“A Prefeitura de Vitória já notificou as empresas de ônibus por descumprimento do contrato para a aplicação da devida penalidade administrativa, bem como solicitou investigação às autoridades competentes para apurar possíveis  irregularidades nas paralisações que resultam em prejuízo à população”, afirma a nota.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setpes) foi procurado para comentar sobre as reivindicações, mas não respondeu até a publicação desta matéria. Assim que responder, a reportagem será atualizada.

Por Maria Fernanda Conti