MEC: Decotelli pede demissão com menos de uma semana no cargo

(Brasília – DF, 25/06/2020) Assinatura do Termo de Posse do senhor Carlos Alberto Decotelli, Ministro da Educação.
Foto: Marcos Corrêa/PR

Carlos Alberto Decotelli entregou na tarde desta terça (30) o pedido de demissão do Ministério da Educação (MEC). O professor ficou menos de uma semana no cargo de ministro da educação, superando o tempo de passagem de todos os outros ministros que saíram do governo Bolsonaro.

A nomeação do economista na pasta de educação ocorreu na última quinta-feira (25). O próprio confirmou a saída ao jornal Folha de São Paulo.

O currículo de Decotelli vinha se desmanchando desde que foi anunciado para o cargo. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) publicou uma nota negando que o futuro ministro tenha sido professor nas escolas da instituição.

Duas universidades internacionais também desmentiram títulos dados ao economista. A Universidade Nacional de Rosário, na Argentina e a Universidade Wuppertal, na Alemanha, negaram o título de doutorado e pós-doutorado, respectivamente.

Decotelli ainda lida com a suspeita de plágio na tese de mestrado defendida em 2008, na FGV.

Próximo ministro

Nomes como Marcus Vinícius Rodrigues, que já foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Antônio Freitas, ex-pró reitor da FGV, e Benedito Guimarães Aguiar Neto, presidente da Capes, no MEC, estão sendo cotados para o cargo.

O ex-assessor de Abraham Weintraub, Sergio Sant’Ana, também está entre as possibilidades. Outros possíveis nomes para assumir a pasta são: Ilona Becskeházy, Gilberto Garcia e Anderson Correia.