Mais um pinguim é resgatado no litoral de Anchieta; confira o vídeo

Mais um pinguim apareceu no litoral capixaba nesta semana. A ave foi avistada, desta vez, na Praia de Castelhanos, em Anchieta, no Sul do estado, nesta quinta-feira (21).

O Instituto de Pesquisa e Conservação Marinha (IPCMar), que fica em Anchieta, foi acionado para o resgate, que por sua vez chamou o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM).

De acordo com a médica veterinária Natalí Stürmer Saft, a ave que acabou encalhando na praia, é da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus).

A ocorrência dessa espécie na costa brasileira é normal e esperada nesta época do ano, pois os pinguins-de-magalhães são animais migratórios, e todos os anos se afastam até 2.000 km de suas colônias reprodutivas, do mar patagônico até o litoral brasileiro, em busca de alimentação.

Segundo a veterinária, normalmente eles não chegam às praias, descansando em mar aberto. “Os motivos que levam alguns indivíduos a encalharem nas praias, como aconteceu aqui em Anchieta, são diversos. Muitas vezes são animais jovens, de primeira migração, que estão debilitados, ou podem ter sido afetados por atividades antrópicas”, destaca Natalí.

Neste ano, as autoridades médicas e sanitárias alertam que, por conta da presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), que circula em aves silvestres, algumas medidas devem ser tomadas para evitar a transmissão da doença. A recomendação principal é que as pessoas não encostem nos animais e mantenham distância.

O IPCMar monitora diariamente as praias em Anchieta, e os pinguins encontrados são encaminhados para centro de reabilitação de animais marinhos localizado em Vitória, onde eles vão para o Posto de Vigilância Epidemiológica para quarentena e se suas condições clínicas permitirem são encaminhados para reabilitação.

Caso você encontre algum pinguim ou outro animal marinho, entre em contato com o IPCMar através do telefone: (28) 99902-4075.

Orientações:

• Devido à possibilidade de contaminação da ave com do vírus IAAP, e das aves para as pessoas, não encoste no animal.
• Caso seja extremamente necessário encostar no animal (no caso para afastá-lo de um lugar perigoso, ou de cães) utilize luvas de látex e máscara facial. Pode colocar o animal em uma caixa de papelão com uma toalha para mantê-lo aquecido, e não interaja mais com ele.
• Descarte a máscara e as luvas em uma sacola plástica e entregue à equipe de resgate quando vierem buscar a ave. Lave bem as mãos e braços com água e sabão.
• Caso tenha manuseado o pinguim ou outra ave marinha, entre em contato com o CIEVS da Secretaria Estadual da Saúde através do telefone (27) 99849-1613.