Kayonavoz e música na veia; capixaba aposta no estilo pagofunk no primeiro lançamento

Natural de Vitória-ES, Caio Felipe Moreira Ribeiro, mais conhecido como Kayonavoz, lança seu primeiro single da carreira solo. Aos 21 anos, o ex vocalista da banda Maresias, traz uma nova pegada para o cenário capixaba e aposta no estilo “pagofunk”, uma mistura dos gêneros pagode e funk.

O portal Sim Notícias conversou com o cantor que conta mais sobre a trajetória, anseios e inspirações da vida profissional e pessoal. Confira abaixo a entrevista com o músico.

É um prazer para nós, do Sim Notícias, trazer artistas capixabas e mostrar que o nosso Estado tem muita música boa. Gostaríamos de conhecer melhor um pouco da sua história e carreira. Vamos lá:

– Kayo, o sonho em fazer música é desde sempre ou é algo que despertou mais recentemente?

R: Olha o sonho da música sempre andou junto com o meu sonho de ser jogador, mas quanto mais passava o tempo e a carreira no futebol não vingava, mais crescia esse desejo de apostar tudo na música que é o que está acontecendo. Então eu decidi aprender violão e outros instrumentos por conta própria mesmo, já que minha família não tinha condições de pagar aulas pra mim. Esse sonho veio da influência indireta da minha família que sempre foi de ir em shows, micaretas, pagodes e eu sempre estive nesse meio por meio deles. Eu até brinco que as crianças da minha época assistiam desenhos, filmes e eu assistia a dvds de música, shows e videoclipes (risos).

– Quais foram os seus primeiros passos nesse mundo?

R: Comecei a aprender violão em 2014 e canto também pelo YouTube. A partir daí, comecei a me apresentar em eventos culturais do meu colégio, se tinha uma oportunidade pra fazer um som eu tava lá, sempre fui fominha nesse quesito (risos). Em 2016, comecei a fazer barzinho voz e violão no meu bairro, chamava um ou dois amigos pra me ajudarem, nem tínhamos som direito, era tudo bem improvisado, bem amador mesmo mas que me serviu de base para conhecer e ser o que sou hoje em relação à música.

– E hoje, ao lançar a música Preta, o que representa para você?

R: Representa o início de uma nova fase na minha vida, em um novo estilo e uma nova forma de trabalhar com música. Me apresentando definitivamente como artista para o Espírito Santo dizendo: “Cheguei rapaziada, esse sou eu, eu sou assim e agora eu tô aqui também”

– É o seu primeiro lançamento oficial?

R: Como artista solo sim. Eu já lancei “Água e Sal” em 2019, um single na época que eu era vocalista da Banda Maresia.

– O você acredita que pode transformar com a sua arte? Sua música?

R: Acredito muito no poder que a música tem em vários âmbitos de nossa vida, seja no pessoal, no profissional, emocional, físico… a música tem esse poder. E creio que com a minha música eu possa conectar o máximo de pessoas possíveis e que possam se identificar com o que eu canto.

– Quais os seus sonhos? Tanto na vida pessoal quanto profissional?

R: Tudo na minha vida envolve a música. Meu sonho é poder viver de música. Mesmo se não for como cantor que é o meu maior sonho e foco. Pode ser que seja como produtor cultural, produtor musical ou qualquer ramo nessa área. Estando em contato com a música, eu estarei realizado.

– Com a pandemia, shows e festivais tiveram que ser cancelados. Como lidar com a carreira em meio a essas dificuldades?

R: Tivemos que nos desdobrar para não acabarmos “esquecidos” na quarentena por falta de material e shows, tivemos que dar nosso jeito pra estar em evidência. Eu comecei por baixo na pandemia porque atrasou todos os meus lançamentos e criei um bloqueio criativo enorme, mas no segundo semestre consegui engatar umas parcerias, compor e gravar mais sons e isso foi me abastecendo internamente. O que vou apresentar em 2021 é tudo resultado das lutas, processos e amadurecimento que 2020 me proporcionou.

– Apoia o trabalho capixaba? Como produção, figurino e tudo que envolve seu som.

R: Sempre! Sempre busco apoiar a galera de casa, ainda mais amigos meus que estão nesse meio autônomo. A produção toda de “Preta” e do meu EP foi feito pela Composition Prod, um grupo audiovisual de amigas minhas que está começando por agora, aí acho maneiro essa troca de trabalhos e apoio, assim todo mundo cresce junto.

– Quais serão os próximos passos?

R: Os próximos passos são lançar o resto do EP agora no primeiro trimestre que são mais 3 sons além de “Preta” e me firmar no cenário capixaba. Esse ano eu vim pra mostrar quem eu sou. Marcar presença e trazer muita novidade e conceito pra música capixaba.

O Portal Sim Notícias teve a exclusividade de escutar a música no pré-lançamento. Um mix de gêneros é abordado no single, por que a escolha?

R: Eu cresci com várias influências no meio musical, desde o axé até o mpb, rock, pagode. E, por isso, busco essa mistura de referências, estilos e ritmos tornando algo harmonioso e gostoso pra quem escuta, não gosto de me rotular e me prender em um só. A escolha para essa música foi com base na minha identificação musical mesmo, acho a minha cara os estilos abordados e casou muito com o clipe, bem dançante.

– E para finalizar a entrevista, nós notamos que a letra da música traz a história de um casal em algumas situações. Qual foi o processo criativo da letra? Existe alguma “preta” da vida real?

R: O processo criativo foi baseado numa relação que eu tive, escrevi a letra quando eu estava nela, coloquei no papel tudo o que sentia sobre porquê era relação de tudo que eu já tive e estava dando certo daquele jeito. Fluiu tanto que a letra saiu em 10 minutos. E sobre a minha “preta”, bom… antes tinha, hoje não mais (risos).

Confira o videoclipe da música Preta

Direto da redação 

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