Guerra na Ucrânia chega a 3 meses com rastro de destruição, refugiados e civis mortos

A guerra na Ucrânia completa nesta terça-feira (24) três meses desde a ordem de invasão dada por Vladimir Putin. Classificada pelo presidente da Rússia como “operação militar especial”, o conflito já deixou milhões de refugiados e causou trilhões em danos e prejuízos

Segundo dados da Acnur (Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), 6.552.971 milhões de pessoas deixaram a Ucrânia desde o início da guerra. A agência da ONU também registrou 2.048.500 entradas no país — sem ser possível confirmar que estes números são relacionados à população retornando à Ucrânia

Também segundo a ONU, pelo menos 3.309 civis morreram devido aos confrontos entre russos e ucranianos. As Nações Unidas alertam para números muito maiores, já que diversas partes do país estão sitiadas e sem a possibilidade de acesso por parte de funcionários da ONU

Dimitar Dilkoff/AFP – 21.5.2022
As autoridades da Ucrânia estimam que a guerra tenha causado R$ 3,4 trilhões em danos à infraestrutura do país e prejuízos em negócios

Os Estados Unidos, grande financiador ucraniano, prometeu mais uma doação de cerca de R$ 200 bilhões a Kiev, que contém armas, ajuda humanitária e verbas para a manutenção do governo da Ucrânia

A usina siderúrgica de Azovstal, último reduto de resistência ucraniano em Mariupol, foi conquistada, de acordo com os russos. Mais de 2,5 mil combatentes do exército da Ucrânia e do Batalhão de Azov teriam se rendido após semanas sitiados na fábrica

Como reflexo da guerra, Finlândia e Suécia anunciaram suas candidaturas à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O possível aumento da presença da Aliança próxima à fronteira russa não agradou Moscou, que prometeu retaliações a finlandeses e suecos em caso de adesão ao grupo

Dentro da própria Otan, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se mostrou contrário à entrada de Finlândia e Suécia. Para que o processo de adesão dos países se concretize, é necessário que todos os países da Aliança aprovem a candidatura