ES registra 12 mortes por dengue; veja os principais municípios afetados

Após quatro anos com baixa incidência de Dengue, o Espírito Santo vive uma epidemia da doença nestes primeiros meses de 2023. De janeiro até esta terça-feira (14), já foram 12 óbitos registrados no estado.

Segundo os registros da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), as mortes ocorreram em Castelo (2), Muqui (1), Muniz Freire (1), Linhares (3), Governador Lindenberg (1), Vitória (2) e Serra (2). No total, já foram 48.310 notificações realizadas em todo estado nos três primeiros meses do ano.

Na semana epidemiológica 9 foram 7.760 notificações, na 10 foram 7.979 e na 11 (domingo, segunda e terça) já são 2.538 notificações, o que configura um patamar alto, segundo a Sesa. A queda dos casos só está prevista para a partir da segunda semana de abril, mas somente se houver cooperação da população.

“É uma doença de responsabilidade de todos nós. Vamos novamente alertar que a maioria dos focos que os agentes sanitários encontram do mosquito está dentro das casas e nos quintais, acumulando em quaisquer materiais que possam reter água. Por isso, é importante ter cuidado e verificar todas as semanas para eliminar os materiais que possam ser foco da doença, pois o período de maturação dos ovos é de sete dias”, diz o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin.

Com a circulação do sorotipo 2 da doença no Espírito Santo, há uma maior quantidade de pessoas suscetíveis a contraírem a doença. “Também pode ocorrer de uma pessoa que teve dengue com sorotipo 1 contrair o sorotipo 2, e ter mais complicações, visto que a imunidade adquirida no primeiro contato é para apenas um sorotipo e a reação pode ser mais aguda”, pontua Reblin.

Vacina contra dengue

Durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (14),  o subsecretário Reblin lembrou que a Anvisa autorizou mais uma vacina contra a dengue desenvolvida no Japão, que tem resultados muito positivos nos quatro anos de teste, e mantém a imunidade nos vacinados.

Porém, ainda é necessário algum tempo para que a autorização da vacina seja providenciada e a discussão dos preços seja feita, para realizar a inclusão no PNI e no SUS para distribuir o imunizante no Brasil.

Alerta aos sintomas

O subsecretário Reblin também fez um alerta, durante a entrevista coletiva, para que todos fiquem de olho nos sintomas da dengue: febre, dor no corpo, dor atrás dos olhos, nas articulações, dor muscular, dor abdominal (muito importante – sinal de alarme).

Ao sentir os primeiros sinais, a recomendação é de que as pessoas comecem a hidratação, com muito líquido, e procurem uma unidade de saúde. “É isso que diminui a gravidade, a necessidade de internação e até mesmo os óbitos”, pontua.

Segundo Reblin, ao se consultar nas unidades de saúde ou hospitais, é importante sinalizar se há casos de dengue na rua em que mora ou na família, para facilitar o diagnóstico.