Dor na coluna preocupa? Entenda quando cirurgia é considerada no tratamento

Existe muita preocupação quando somos atingidos com dores frequentes de coluna, que atrapalham a realização de atividades comuns. Somado a isso, o temor de passar por uma cirurgia para resolução do problema tira o sono de muitos pacientes. Mas, com os avanços da medicina, o temor de uma intervenção pode acabar sendo menor, já que opções recentes de tratamentos para o problema.

“Nem todos os pacientes vão precisar de uma cirurgia para resolução do seu quadro de dor”, tranquiliza o neurocirurgião Bruno Borlott. Ele esclarece que boa parte das dores de coluna tem origem muscular ou inflamatória, caracterizando-se como problemas pontuais, ocasionados por má postura, por exemplo.

“Para dores dessa natureza, medicamentos, somados a terapias complementares, como a fisioterapia, apresentam um bom índice de resolução, assim como a orientação para que o paciente não repita os hábitos que levaram ao surgimento do problema”, ele diz.

Indicações

As cirurgias são indicadas para casos mais específicos, quando as terapias complementares já não oferecem respostas ou para problemas mais específicos ou de maior gravidade.

“Para se ter ideia, mesmo a hérnia de disco, que atinge mais de 5 milhões de brasileiros, têm indicação para cirurgia numa minoria de casos. Cerca de 90% dos diagnósticos apresentam boas respostas com o uso de medicamentos, intervenções minimamente invasivas ou fisioterapia”, esclarece o médico.

Quando a cirurgia é considerada?

Os médicos começam a considerar a opção cirúrgica quando os tratamentos anteriores não funcionam mais, levando o paciente à perda de qualidade de vida e incapacidade de realizar tarefas cotidianas em função das dores.

No entanto, mesmo para os casos cirúrgicos, a modalidade endoscópica traz menores riscos, menos sangramentos e tempo reduzido de recuperação.

“Na cirurgia endoscópica, normalmente, apenas um ponto de acesso é feito e é por ele que uma câmera vai permitir ao cirurgião visualizar, remover a hérnia e descomprimir a região. A incisão, normalmente, necessita de apenas um ponto e um pequeno curativo”, sinaliza o neurocirurgião.

Para Borlott, o que as pessoas devem realmente evitar é a automedicação, que pode mascarar o problema ou provocar o agravamento do quadro. “Muitas vezes, os pacientes se automedicam ou recorrem a soluções caseiras. Quando resolvem ir ao médico, o quadro pode estar mais complexo. O principal recado é não subestimar as dores na coluna, pois quanto mais cedo começar o tratamento, melhor para o paciente”, ele alerta.