Dia Mundial do Sono: saiba se você dorme bem e veja o que fazer para descansar mais

O Dia Mundial do Sono é comemorado todo dia 17 de março. No Brasil a data é lembrada com uma semana dedicada ao tema. Para conhecer mais sobre o tema, conversamos com o neurologista Dr. Alexandre Marreco, que explica como o sono é fundamental para uma vida saudável e traz dicas para uma boa noite de sono.

Como reconhecer um sono de qualidade?

Existem alguns sinais que as pessoas podem observar para saberem se estão tendo um sono de qualidade. Um deles é o tempo de sono. O tempo médio de sono deve ser de oito horas por dia para adultos e sete horas para idosos. Estudos mostram que pessoas que dormem menos de seis horas por noite têm redução da expectativa de vida. E pessoas com menos de sete horas têm perdas cognitivas. Por isso, é importante garantir um tempo adequado de sono. Mas, não adianta apenas dormir em média oito horas por noite.

É fundamental que esse sono seja reparador. Então, outro sinal que pode ser observado é se a pessoa está acordando descansada no dia seguinte. Se ela sente cansaço, vontade de descansar durante o dia, se ela dorme em qualquer lugar, é sinal de que a qualidade do sono da noite não está sendo boa o suficiente. Outro fator importante a ser analisado é a presença de roncos muito altos e frequentes. Eles são o sinal mais comum de apneia do sono.

Dr. Alexandre Marreco, Neurologista.

Quais principais doenças relacionadas à falta de sono?

A apneia é um dos principais problemas relacionados ao sono. Trata-se de um distúrbio que acontece por conta da flacidez da musculatura respiratória durante o sono. Todos nós reduzimos o tônus muscular enquanto dormimos, mas em algumas pessoas as pausas são mais frequentes do que deveriam ser. O maior risco da apneia é o surgimento de doenças cardiovasculares, como arritmias, infartos e AVCs.

Um problema comum é a insônia, caracterizada pela dificuldade de iniciar ou de manter o sono. Ela ocorre ainda quando a pessoa acorda antes do tempo certo e não consegue voltar a dormir.

Outro risco é a redução da imunidade. Ou seja, o organismo se torna mais frágil e menos capaz de se defender de doenças. Esse é um fator que aumenta também as chances de desenvolvimento de cânceres e de doenças autoimunes.

Além dos problemas cardiovasculares, a má qualidade do sono pode interferir de diversas formas no funcionamento do corpo, prejudicando desde atividades metabólicas, ao desregular a produção de hormônios, até o surgimento precoce de doenças como Parkinson e Alzheimer.

Quais as dicas para se ter uma boa noite de sono?

A sugestão que a gente sempre dá é tirar um período para relaxar antes de dormir. Uma hora antes, desligue o celular, a televisão, reduza o ritmo, pois a luz e o conteúdo acabam estimulando a gente ao invés de relaxar. Tomar banho morno relaxa também. Faça atividades relaxantes, como ler um livro, rezar, etc. Fazendo isso, ficamos muito mais propensos a dormir.