Depois do filho, nora de ciclista assassinado em Cachoeiro de Itapemirim também é presa

A nora do cliclista Duramir Moneteiro Silva, de 56 anos, foi presa em um hotel no bairro BNH, em Cachoeiro de Itapemirim na tarde desta terça-feira (5). Segundo a Polícia Civil (PC), as investigações apontaram que a mulher de 20 anos, acusa de participar do assassinato do sogro, influenciou o depoimento da sogra e mentiu sobre a própria gravidez.

“Em razão disso sua prisão se tornou imprescindível para a investigação policial, e prisão ocorreu em cumprimento de mandado de prisão temporária”, explicou o delegado Felipe Vivas, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cachoeiro de Itapemirim.

Em nota, a polícia informou que a suspeita não resistiu à prisão e foi encaminhada à 7ª Delegacia Regional de Cachoeiro, onde foi cumprido o mandado de prisão temporária: “ela responderá por homicídio doloso qualificado por meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima, e por destruir e ocultar o cadáver”, disse o delegado.

Após os procedimentos, ela foi encaminhada ao Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim.

PRISÃO DO FILHO 

Um homem de 24 anos, filho de Duramir, foi detido pela equipe da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cachoeiro de Itapemirim, nessa segunda-feira (04). O suspeito foi preso após confessar, durante depoimento, ter assassinado o pai e dizer ter ocultado o corpo dele no terreno da nora da vítima, no distrito de Estrela do Norte, na cidade de Castelo.

Silva estava desaparecido desde a última terça-feira (28) e o caso gerou muita comoção por se tratar de um praticante de ciclismo. “Após confessar, o suspeito e a equipe se dirigiram até o local, onde foi identificada uma fossa onde o corpo foi jogado e queimado”, disse a PC.

As perícias da Polícia Civil e a da Polícia Militar foram acionadas e, após finalizados os trabalhos periciais, foram recolhidos os restos mortais e encaminhados ao Serviço Médico Legal (SML) de Cachoeiro de Itapemirim.

Segundo as investigações, a motivação seria um suposto assédio que a vítima teria cometido com a nora. Ainda de acordo com a PC, O acusado vai responde por homicídio doloso qualificado por meio cruel, com recurso que dificultou a defesa da vítima, e por destruir e ocultar o cadáver. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cachoeiro de Itapemirim, onde permanece à disposição da Justiça.

O CRIME

Durante declaração a equipe policial, a nora de Duramir, falou que no dia 28 de junho, data do crime, o sogro a assediou enquanto ela cortava alimentos para preparar uma comida. A suspeitou afirmou ter desferido um golpe na vítima, e em seguida, o filho do ciclista chegou e esfaqueou o pai diversas vezes sem dar chances de defesa.

Vivas declarou que depois disso, os dois “sempre com muita frieza, eles enrolaram o corpo da vítima em um lençol e um tapete”. Após terem escondido o corpo nos tecidos, eles colocaram no porta malas do carro, compraram gasolina no cartão de Silva e seguiram para a propriedade rural.

“Lá chegando, eles colocaram o corpo em uma fossa seca, jogaram 3 litros de combustível no local e atearam fogo duas vezes. De manhã cedo, eles retornaram para o município e foram para a padaria tomar café. É uma frieza que assusta”, disse o delegado.