Criminosos que combinavam mortes e tortura pelo Whatsapp são presos na Serra

A Divisão Especializada de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) da Serra prendeu dois homens e uma mulher, de 21, 26 e 19 anos, acusados do homicídio de João Vítor Costa de Souza, 19 anos e de uma quádrupla tentativa de homicídio. O assassinato ocorreu na madrugada do dia 16 de abril, no bairro Nova Carapina II, na Serra. No dia crime, suspeitos teriam atirado na direção do carro em que a vítima estava e, outras quatro pessoas que estavam no interior do carro foram baleadas.

De acordo com o chefe da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de (DHPP) da Serra, delegado Rodrigo Sandi Mori, uma briga por conta de uma perna, que foi colocada em cima de uma cadeira de bar, teria motivado o ataque a tiros que resultou na morte de João Vítor, porém a vítima, segundo as investigações, não era o alvo dos criminosos.

Gabriela Moura Sfalsin, de 19 anos, Thiago Marques Gomes, 21, e Patrick das Neves Vulpi Soares, 26, são apontados como autores do crime.

Segundo o delegado, Thiago e outras duas pessoas se envolveram em uma discussão, que acabou motivando o ataque no dia seguinte. “Incomodou não só a menina, como também outros indivíduos que se encontravam no local, que partiram para cima do Thiago o agredindo com chutes e socos. Por este motivo, no dia posterior, como forma de vingança, o Thiago, Patrick e a Gabriela cometeram esse crime”, explicou o Sandi Mori.

Ainda segundo a polícia, Patrick não estava no bar no dia da briga, mas foi um dos executores durante o ataque. Câmeras de videomonitoramento da região flagraram o crime.

Ainda de acordo com a polícia, das cinco pessoas que estavam dentro do carro, dois eram alvos. Quatro conseguiram correr e foram atingidos de raspão. As investigações apontaram que João Vitor Costa de Sousa havia pegado uma carona e acabou morrendo sem ter nada a ver com a situação.

Combinavam crimes pelo Whatsapp

A apuração da polícia ainda dá conta de que Thiago e Gabriela combinavam crimes por redes sociais. Cerca de 20 dias depois da morte de João Vitor, os dois furtaram uma distribuidora na Serra, porém o homem acabou agredido por traficantes da região. Após isso, os dois resolveram matar o dono da distribuidora e também o agressor. Áudios e prints de conversas dos dois mostram a frieza de ambos, apontados como articuladores dos crimes, incluindo incitação à violência e tortura de desafetos.

Foto: Divulgação

Gabriela Moura Sfalsin, Thiago Marques Gomes e Patrick das Neves Vulpi Soares foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, sem possibilidade de defesa da vítima e por quádrupla tentativa de homicídio.