Coronavírus: Hospital Santa Rita tem interesse na telemedicina de Vitória

A Secretaria Municipal de Saúde (Semus) recebeu, na manhã desta quarta-feira (20), representantes do Hospital Santa Rita de Cássia para apresentar a experiência de Vitória no serviço de telemedicina.

A equipe do Hospital aprovou a ideia e também vai se reunir com a Subsecretaria de Tecnologia da Informação (Sub-TI), responsável pela implantação do sistema na Prefeitura de Vitória, para depois avaliar junto ao operacional daquela instituição.

A capital foi a primeira cidade no Espírito Santo a ofertar o serviço e, até o momento, durante o isolamento social, mais de três mil atendimentos já foram realizados, por meio do Fala Vitória 156.

Médicos da Semus que estão em home office orientam e monitoram pacientes por telefone durante a pandemia do coronavírus. O atendimento acontece todos os dias, inclusive aos finais de semana e feriados, das 8 às 22 horas.

Expectativa

O médico urologista e diretor clínico do Hospital Santa Rita, Alexandre Tironi, elogiou o serviço e disse ter expectativas positivas na futura implantação do sistema no local.

“A Prefeitura de Vitória, pioneira na oferta do atendimento via telemedicina no Estado, nos mostrou que está extremamente conectada com as tendências. Esperamos com essa ferramenta ajudar na prestação de serviços do hospital, que irá colaborar para o atendimento aos nossos usuários. Neste momento, iremos finalizar o ciclo de visitas em Vitória e também no Brasil, para, então, capacitar a nossa equipe”, disse.

Estratégia

A medida, reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pelo Conselho Regional de Medicina do Espírito Santo (CRM/ES), tem como principal objetivo evitar o contato entre pessoas saudáveis e pacientes com o coronavírus.

“Essa é mais uma estratégia que foi pensada por esta gestão, desde o início do ano, e pudemos colocar em prática durante a pandemia. Temos obtido resultados positivos na luta contra a disseminação do coronavírus”, disse a secretária de Saúde de Vitória, Cátia Lisboa.

Como funciona

Os profissionais de Enfermagem que estão atuando nos atendimentos do 156 acerca do coronavírus seguem um checklist para confirmar alguns sintomas e situações suspeitas e encaminham o paciente para atendimento por telefone com um médico da rede.

Nessa teleconsulta, o médico faz a avaliação do paciente, registrando as informações em um formulário eletrônico e informando os casos suspeitos à Vigilância Epidemiológica e às unidades de saúde da capital.

O médico pode orientar o paciente apenas por telefone ou encaminhá-lo para um serviço de saúde para atendimento presencial. “Em todos os casos, são dadas orientações gerais, além das orientações específicas, como sinais de alerta e possibilidade de nova avaliação quando desejado ou se houver mudança no quadro clínico”, explica Cátia.

Profissionais de saúde das unidades de saúde fazem o telemonitoramento, por meio do qual acompanham e monitoram os pacientes suspeitos e em isolamento, observando a evolução dos sintomas tanto do paciente quanto do restante da família que convive com eles.

Os médicos e enfermeiros das teleconsultas e telemonitoramentos são servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Vitória (Semus) que estão em home office por estarem no grupo de risco do coronavírus. “Em princípio, teremos apenas esses profissionais atuando nessas modalidades. Mas se for preciso, iremos reforçar a equipe de saúde com novos profissionais”, declara Cátia.