Atum em conserva, receita de família

Itaipava, no balneário de Itapemirim, no sul do estado, é uma antiga vila de pescadores, que atrai milhares de turistas na alta temporada. O entreposto de pescado é a principal atividade do balneário, e em um dos cantos da praia, é possível ver dezenas de pequenos barcos pesqueiros ancorados.

E é na praia de Itaipava que vive a família Garcia. Casal de pescadores, que trabalha com processamento de atum. Pelo porto de Itapemirim , Marcia e Wanderson Garcia  conseguem diariamente a matéria-prima para desenvolver o Atum em conserva.

A atividade pesqueira está há muitos anos presente na vida da família, principalmente da Márcia Araújo Garcia, que herdou dos pais, que eram pescadores, a receita do atum em conserva.  E aos poucos, atendendo um pedido aqui, outros ali, eles usaram a receita de família e criaram uma fábrica de processamento de atum.

Eles contam com orgulho que tudo começou com os amigos. Em todos os encontros eles levavam o atum processado.  Os elogios e as cobranças para que o casal levasse a iguaria foram fundamentais para eles acreditarem que tinham um produto com potencial de negócio. As dificuldades não foram empecilho para o negócio se desenvolver. E mais uma vez os amigos entraram nessa história: emprestaram dinheiro e doaram moveis. E com hum mil reais a família começou o processo de profissionalização e fez o sonho virar realidade.

Eles contam que conseguir o Selo de acreditação por meio do Serviço de Inspeção Agroindustrial de Pequeno Porte (Siapp), responsável pelo registro, fiscalização e regulamentação das agroindústrias de produtos de origem animal, foi fundamental para o andamento do negócio.

E assim, a WG Pescados, uma empresa com mão de obra exclusivamente familiar, torna-se a primeira a conquistar o registro no Siapp e pode vender seus produtos em todo território capixaba.

A agroindústria comercializa o atum em pedaços em óleo comestível, em embalagens de 475 g para todo o Espírito Santo.