Acusados de envolvimento na morte de irmãos Ruan e Damião vão a júri popular

Vão a júri popular na quarta-feira (5) , no Fórum Criminal de Vitória, quatro dos oito denunciados de assassinar os irmãos Ruan Reis, de 19 anos, e Damião Marcos Reis, de 22 anos, mortos no dia 25 de março de 2018, no Morro da Piedade em Vitória. Segundo a polícia, os jovens foram atingidos por mais de 20 disparos de armas de fogo.

Serão julgados:

Alan Rosário do Nascimento, o “Gordinho”
Flávio Sampaio, o “Coroa” ou “Flavinho”
Rafael Batista Lemos, o “Boladão”
Gean Gaia de Oliveira, o “Chocolate”

Os homicídios motivaram diversos outros crimes na região, decorrentes de disputas relacionadas ao tráfico de drogas em bairros de Vitória.

Além dos quatro réus que vão a júri, o MPES denunciou neste processo Leandro Correia Ramos Barcelos e Renato Correia Ramos por envolvimento nos homicídios de Ruan e Damião. Eles já foram pronunciados pela Justiça, mas não serão julgados na quarta-feira com os demais denunciados, porque recorreram contra a sentença e aguardam a decisão desse recurso.

Após a primeira denúncia relacionada ao caso, o Ministério Público denunciou também os réus Geovani de Andrade de Andrade Bento e Tiago da Silva por participação nos homicídios. O processo deles está em tramitação e ainda não há previsão de quando serão julgados.

Relembre o caso

Os irmãos Damião Marcos Reis, 23 anos, e Ruan Reis, 19 anos, foram mortos na madrugada do dia 25 março, no Morro da Piedade, em Vitória. De acordo com as investigações, Ruan estava em casa, no Morro da Piedade, na companhia da cunhada, quando foi abordado pelos réus, que portavam armas de fogo, usavam toucas ninja, coletes e coturnos. O grupo perguntou a vítima sobre a localização dos chefes do tráfico de drogas do bairro. Como Ruan não soube informar, foi encaminhado até ao alto do morro sob a mira de armas de fogo.

Damião, ao saber do ocorrido, foi à procura do irmão e o encontrou sob o poder do grupo. Ao questionar a motivação, os dois foram atingidos por mais de 20 disparos de arma de fogo. Segundo o MPES, o crime foi motivado pela disputa do tráfico de drogas no bairro e chamou atenção pela crueldade e pela quantidade de disparos realizados contra as vítimas, mais de 60 tiros, no total.

O casou ganhou grande repercussão na Grande Vitória, pois os jovens eram muito queridos na comunidade, participavam ativamente de projetos sociais e faziam parte da escola de samba Unidos da Piedade.

Na época do crime, a reportagem da Record News ES conversou com a mãe dos jovens assassinados, que pediu por justiça. Confira: