Acusado de matar fundador da Mancha Verde é condenado a 25 anos de prisão

O réu denunciado pelo assassinato de um dos fundadores da torcida do Palmeiras Mancha Verde foi condenado a mais de 25 anos de prisão na quinta-feira (25). Marcelo Ventola foi condenado pelo tribunal do júri pelo homicídio de Moacir Bianchi mais de cinco anos depois do crime, ocorrido durante uma emboscada no bairro do Ipiranga, zona sul de São Paulo.

Os jurados acataram a denúncia do Ministério Público de São Paulo, que apontou que o crime foi triplamente qualificado: por motivo torpe, com o emprego de meio cruel e mediante a utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com a denúncia do promotor Tomás Ramadan, o réu, auxiliado por outros dois indivíduos, encurralou o veículo em que estava a vítima e atirou várias vezes contra ela. O homem foi atingido 14 vezes no total. O crime foi praticado após uma discussão que começou durante reunião promovida para discutir os rumos da torcida organizada.

A sentença que condena Marcelo Ventola engloba ainda os crimes de uso de documento falso e o fato de o acusado integrar a facção criminosa PCC. Isso porque, ao ser detido em Osasco, em julho de 2017, o réu apresentou título de eleitor e carteira de habilitação falsos.

Marcelo Ventola negou à época que tenha participado do assassinato de Moacir Bianchi. Uma câmera de rua flagrou, no entanto, quando Ventola desceu e atirou contra Moacir, que tentou fugir dando marcha à ré, mas não conseguiu.