Abrigo clandestino é fechado pela polícia em Itapemirim

Um abrigo localizado em Itaoca, Itapemirim, Litoral Sul do Espírito Santo, foi fechado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Regional de Itapemirim, com apoio das equipes do Núcleo Especializado de Atendimento à Mulher (Neam), e dos servidores da Secretaria de Vigilância Sanitária do Município.

No momento que a equipe chegou ao local, encontraram seis pessoas com deficiência intelectual. Segundo a polícia, um homem de 38 anos, que se passava por enfermeiro, era o responsável pelo abrigo. Após investigações, foi constatado que o homem era gesseiro e trabalhava em um hospital de Cachoeiro de Itapemirim e fez curso de cuidador.

Segundo a polícia, a equipe recebeu informações que apontavam que no local havia uma paciente de 58 anos com deficiência intelectual que teria sido vítima de estupro, cometido por um dos internos. O suspeito de cometer o crime é um homem de 34 anos, soropositivo, que estava internado no abrigo em decorrência de dependência química. As investigações apontam ainda que o responsável pelo abrigo começou a se inserir no meio e criar vínculos com uma Organização Não Governamental (ONG) que cuidava pacientes soropositivos, em Cachoeiro de Itapemirim, com isso criou amizades com responsáveis pela ONG, que indicava os enfermos para que o suspeito cuidasse no abrigo.

Segundo o delegado titular da Delegacia Regional de Itapemirim, delegado Djalma Pereira Lemos, o suspeito de estuprar a idosa tinha ciência que era soropositivo. “Estamos aguardando o laudo do Departamento Médico Legal (DML) e, caso seja confirmado o estupro, o indivíduo terá a prisão preventiva representada em juízo. Além do crime de estupro de vulnerável, o investigado poderá responder ainda pelo crime de disseminar a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir contágio”, disse o delegado.

As seis pessoas que estavam no local foram reintegradas aos familiares. Já o cuidador foi conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Ele foi autuado, e conduzido e autuado nos crimes de cárcere privado e maus-tratos a pessoas e em seguida encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Marataízes, onde permanece à disposição da justiça.