Academia Espírito-santense de Letras abre inscrições para vaga de imortal

A Academia Espírito-santense de Letras (AEL) comunica que se encontram abertas, no período de 09 de maio a 01 de agosto de 2022, as inscrições para preenchimento da vaga da cadeira 35 da instituição, antes ocupada pelo acadêmico Rômulo Salles de Sá, e que tem como patrono Jerônimo de Souza Monteiro.
Os candidatos que desejarem concorrer à cadeira deverão enviar correspondência, com firma reconhecida, indicando desejo de concorrer a ela, anexando currículo, livros e comprovação de trabalhos publicados.
O endereço para envio de correspondência é: Ester Abreu Vieira de Oliveira, Rua Professora Gladys Bernardo Lucas 195, Solar da Ester – Bairro de Lourdes, CEP 29042-185- Vitória, ES. A entrega dos documentos poderá ser feita pessoalmente, ou por correspondência. A escolha dos candidatos será feita por eleição, na reunião de 08 de agosto de 2022.
O Edital está disponível no site da Academia Espírito-santense de Letras: https://www.ael.org.br/.

Rômulo Salles de Sá

Presidente de honra e decano da Academia Espírito-santense de Letras, o acadêmico Rômulo Salles de Sá era o terceiro ocupante da Cadeira 35 da instituição, que tem como patrono Jerônimo de Souza Monteiro. O acadêmico faleceu em 23 de fevereiro de 2022, aos 98 anos.

Nascido em Muqui (ES), em 30 de novembro de 1923, Rômulo Salles de Sá desenvolveu notável carreira na área jurídica, tendo sido promotor público das comarcas de Conceição da Barra e de Muqui, juiz substituto e juiz de direito em várias comarcas do Estado e desembargador do Tribunal de Justiça do Estado, do qual foi vice-presidente (1984/85) e presidente (1988/89). Foi também vice-presidente, corregedor e presidente do Tribunal Regional Eleitoral.

Em ocasiões diferentes, foi professor do Ginásio de Ibiraçu, mantido pela Congregação Comboniana; da Faculdade de Direito; da Faculdade de Ciências Econômicas de Colatina e da Universidade Federal do Espírito Santo.

Fez parte do grupo de jovens intelectuais que fundou a Academia Capixaba dos Novos (1946), que durante muito tempo movimentou a vida cultural de Vitória. Publicou, com outros jovens, Pobres crianças do Brasil (1949), além dos livros Registros de juventude (1981), Lampejos (1988), Aconteceu… (2002) e o discurso de sua posse na cadeira 35 da Academia Espírito-santense de Letras. Em 2013, lançou, na AEL, seu livro de memórias Os anos dourados da vida cultural de Vitória (1946-1952). Era membro do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo e membro correspondente da Academia Cachoeirense de Letras.

Academia Espírito Santense de Letra
Fundada em 04 de setembro de 1921, a AEL é a segunda entidade cultural mais antiga do Espírito Santo em atividade, só antecedida pelo Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, cinco anos mais velho. Tem o caráter cultural e sem fins lucrativos, e a finalidade de cultuar a língua portuguesa e a cultura diversa. Contém 40 cadeiras, ocupadas por acadêmicos-escritores que nasceram ou vivem no Espírito Santo, e conta também com a participação de membros correspondentes, representantes de Estados da federação e de países diversos.