Descarte irregular de objetos responde por mais de 60% das manutenções nas redes de esgoto

As manutenções no sistema de esgoto na Grande Vitória revelam que a grande maioria das obstruções são consequência do descarte indevido de objetos na rede coletora. De todos as manutenções realizadas pela Ambiental Serra (parceira privada da Companhia Espírito-santense de Saneamento – Cesan no município), desde o início da parceria, 65% foram para atender ocorrências envolvendo o entupimento.

Desde 2015, quando começou a operar, a Ambiental Serra já realizou mais de 73 mil ações de desentupimento. Chinelos, garrafas, tijolos e até liquidificador já foram encontrados entupindo o sistema de esgoto em bairros como Barcelona, Novo Horizonte e Novo Porto Canoa, que receberam as intervenções mais recentes. As equipes removeram materiais como roupas, restos de cerâmica, papelão e até pinos para uso de entorpecentes.

Esses elementos entopem as tubulações, fazendo com que o esgoto retorne para as casas ou transborde para as ruas. As redes coletoras são feitas para transportar 99% de material líquido e 1% de sólidos, garantindo que o resíduo chegue com facilidade até as Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs). Por isso, é importante que a população não jogue lixo e entulho na rede.

Frequentemente, a equipe de manutenção também acaba retirando pedras volumosas do esgoto. “Quando o óleo de cozinha é despejado na pia, por exemplo, ele seca e petrifica, obstruindo a passagem de esgoto e dificultando o tratamento. Isso é muito prejudicial para o sistema de saneamento”, alerta o coordenador de Serviços da Ambiental Serra, Brenner Rodrigues.